Obra de asfalto na PR-364 é parada às pressas: trabalhadores encontram fósseis de milhões de anos perto da Unicentro!

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Durante as obras de asfaltamento da rodovia PR-364, em Irati (PR), operários encontraram fósseis raros de um antigo réptil aquático chamado Mesosaurus brasiliensis. A descoberta aconteceu antes da Unicentro, no ponto onde seria construído o viaduto de ligação com a BR-153, rumo a São Mateus do Sul.

A notícia espalhou-se rapidamente pela cidade e levantou dúvidas sobre o futuro da obra. O Ministério Público Federal (MPF) pediu a suspensão imediata dos trabalhos, e o Instituto Água e Terra (IAT) cancelou a licença ambiental.
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🧱 Obra estava quase pronta, mas foi interrompida

A pavimentação fazia parte de um projeto avaliado em R$ 23,7 milhões, com 52,7% das obras concluídas. O trecho incluía 1,6 km de novo asfalto e um viaduto que facilitaria o acesso entre Irati e São Mateus do Sul.

Por outro lado, o MPF afirmou que o licenciamento ambiental não considerou a opinião do IPHAN, órgão que protege o patrimônio arqueológico e paleontológico.
Dessa forma, o IAT cancelou a Licença Ambiental Simplificada (LAS nº 5580) até que sejam realizados novos estudos científicos.

Além disso, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) informou que buscará alternativas técnicas para retomar a obra sem danificar os fósseis.


🦴 Fósseis contam uma história de 280 milhões de anos

Os fósseis do Mesosaurus brasiliensis são extremamente importantes para a ciência. Esse animal viveu há cerca de 280 milhões de anos, quando os continentes da América do Sul e África ainda formavam o supercontinente Gondwana.
Esses vestígios ajudam pesquisadores a entender a evolução da Terra e as antigas formações geológicas da região.

De acordo com especialistas, o achado ocorreu em uma área pertencente à Formação Irati, conhecida por guardar fósseis desse período.
Saiba mais em: Museu de Paleontologia de Ponta Grossa


🚧 O que muda para quem passa pelo local

Enquanto os estudos continuam, o trecho da PR-364 permanece fechado para obras. Isso afeta motoristas que usam a via diariamente para chegar à Unicentro ou seguir em direção a São Mateus do Sul.

Mesmo com o atraso, a descoberta traz um lado positivo: o local pode se transformar em um novo ponto turístico e científico. Além disso, pode colocar Irati no mapa da paleontologia brasileira.


🌎 Equilíbrio entre progresso e preservação

Esse caso mostra que é possível equilibrar infraestrutura e preservação ambiental. A obra poderá continuar no futuro, mas apenas depois que os fósseis forem estudados e protegidos.
Enquanto isso, a comunidade de Irati aguarda ansiosa pelo retorno dos trabalhos — e pelo resultado das pesquisas que revelam um pedaço do passado escondido sob o solo paranaense.

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